O governo começou 2020 com todo o gás!
Salim Mattar nos acusou a nós todos de ladrões publicamente em uma rádio, continuando a estratégica sádica dele e do Paulo Guedes de desmoralizar os funcionários públicos perante à opinião pública.
De forma mais prática, publicaram o decreto autorizando o BNDES a vender a Dataprev.
Internamente, a diretoria, que diz não ter nada a ver com a privatização, executa o PAQ: demitir 500 colegas e fechar 20 unidades da nossa empresa.
Deram 10 dias para os nossos colegas decidirem se queriam ser demitidos com festinha ou sem festinha.
Cortaram o acesso deles aos sistemas.
E lhes forneceram sacos de lixo para resgatar os seus pertences pessoais em caráter de urgência.
Não bastasse isso, o diretor veio pessoalmente nos mostrar os seus slides provando matematicamente o quanto as demissões dos nossos colegas eram positivas.
E aquilo que foi boato ainda ali no dia 30 de novembro se transformou na terrível mensagem de ano novo da diretoria: batizaram como PAQ – Programa de Adequação de Quadro.
A diretoria diz que o PAQ parou por aqui. O mesmo PAQ que um dia desses era apenas um boato. Quem quiser acreditar, que acredite.
Por que alguém chamaria de programa algo que só tem uma etapa?
Tá nítido que as demissões vão continuar e não se limitarão a 500 pessoas.
Amanhã, poderá ser qualquer um de nós.
Só não vê, quem não quer.
E é por isso que nós dissemos à empresa e à sociedade que estamos em greve: pelo fim das demissões coletivas e sem negociação.
Foi a única resposta que nos sobrou nesse momento.
Se nos calarmos, tudo acontecerá e ainda de forma mais rápida.
Não estamos em greve por 1% a mais de aumento salarial. Estamos em greve simplesmente pela manutenção dos nossos empregos. É agora ou nunca!
E o movimento vai ganhar uma força absurda por todo o país.
Quanto mais juntos estivermos, quanto mais de nós estivermos em greve, mais força o nosso movimento ganha, mais poder de barganha e negociação com a empresa.
Então, quando você estiver trabalhando, e ver a cadeira ao lado vazia, lembre que o seu colega está lá fora tentando defender o emprego de ambos.
O PAQ é o desmonte da Dataprev que facilita demais a privatização, conforme comemorou o próprio Salim Mattar no Twitter.
A greve é a nossa resposta para que o Salim Mattar não diga depois que a sociedade está aceitando bem as privatizações que nem greves mais estão fazendo.
E dia 23/1 também saiu o decreto de inclusão do SERPRO no PND.
O projeto é muito bem orquestrado e executado.
Então, da mesma forma que a assembleia da Dataprev Ceará, Paraíba, e outros inspirou as assembleias no Rio de Janeiro, que a nossa greve possa inspirar o SERPRO, o INSS e demais categorias, além de outros setores da sociedade civil, a protestar contra esse governo a fim de frear, postergar e minimizar os danos futuros do projeto de Estado mínimo que está sendo implantado no país.
Hoje sou eu. Amanhã poderá ser você.
Estejamos juntos!!!