Em avaliação feita pelo Anuário Época Negócios 360º, o Serpro foi eleito a melhor empresa de Tecnologia de Software e Serviços do país no ano de 2020. Para a concessão do prêmio, foram analisadas as categorias de governança corporativa, inovação, pessoas, sustentabilidade e visão de futuro. A notícia foi repercutida no site da própria empresa, e mostra a qualidade do serviço, gestão, e corpo funcional da estatal, servindo como prova contra o discurso de ineficiência que o atual governo federal tenta utilizar para justificar a venda deste grande patrimônio nacional.
Divulgado no mês passado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o estudo “Administração Pública Brasileira: Trajetória Recente” mostra que, diferentemente do que é frequentemente alardeado por muitos, inclusive pelo atual governo federal, há bastante produtividade na administração pública brasileira. Tanta, de fato, que esta superou a observada no setor privado entre os anos de 1995 e 2006, período este que foi o contemplado pela pesquisa. Durante essa década, a administração pública se mostrou sempre no mínimo 35% mais produtiva que a iniciativa privada; além disso, o ganho de produtividade nesses anos também foi maior no setor público, com 14,7% contra 13,5%.
Em coluna publicada no site do Estadão, o jornalista de política da publicação, Fausto Macedo, fez questionamentos sobre a intenção do governo federal de privatizar Dataprev e Serpro. Além de destacar a importância que os dados que essas empresas guardam têm para a sociedade, o articulista se mostrou preocupado com o interesse do setor privado em adquirir essas estatais. De acordo com o texto, que é fechado para assinantes, deve-se suspeitar que aqueles que desejam comprar Dataprev e Serpro queiram monetizar (ou seja, vender) os dados dos cidadãos, uma vez que essa seria a melhor forma de extrair lucro de ambas após a sua aquisição.
O deputado federal Rafael Motta(PSB-RN) recebeu a comissão de funcionários da Dataprev, e declarou seu apoio em defesa a empresa e aos dados dos cidadãos brasileiros. Agradecemos o apoio e o empenho dos trabalhadores do Rio Grande do Norte: Helena, Vinicius e Alisson que fizeram interlocução com o deputado.
A coluna da jornalista Carla Araújo, publicada no portal UOL, cita como, ao encaminhar a reforma administrativa para o Congresso Nacional, o atual governo aproveitou o texto para tentar mudar as regras referentes à privatização de estatais. Atualmente, é o poder executivo que precisa justificar a venda de empresas pertencentes ao Estado. A reforma administrativa, entretanto, busca alterar esse fluxo, fazendo com que as estatais tenham que periodicamente justificar a sua manutenção como empresas públicas.